3 provas de que as narrativas digitais estão colapsando
Narrativas colapsando começam nova era do storytelling. Para criadores de conteúdo, entender o novo jeito de contar histórias é fundamental.
A forma como contamos histórias na era digital está passando por uma grande transformação: agora, as narrativas estão colapsando. Isso quer dizer que elas não são mais lineares, nem seguem uma estrutura pré-definida. Para sobreviver, as histórias estão revolucionando suas próprias estruturas e já não seguem a fórmula convencional – começo, meio e fim. Também não se desenrolam de um só lugar, espalhando-se por várias plataformas.
Esse “colapso” que acontece quando as narrativas começam no meio da história, ou quando se expandem e se espalham por diversas plataformas, pode parecer uma mudança um pouco abstrata ou difícil de perceber, já que é uma transformação que acontece de maneira bastante sutil. Por isso, separamos três provas de que esse colapso das narrativas tradicionais está acontecendo e que as “narrativas digitais” estão agora se adaptando para uma nova economia de atenção.
- Continuação de histórias preexistentes
As narrativas colapsando não estão mais começando do zero, mas sim no meio da narrativa. É possível ver isso na popularidade dos “bebês do nepotismo”, os filhos de celebridades que se tornam também celebridades, que reciclam e constroem a partir das narrativas de seus pais em vez de começar algo novo.
Também é possível notar isso no número cada vez maior de sequências e remakes ocupando um espaço cada vez maior no topo da cultura mais rentável, apesar do influxo de novos criadores. - Movimento fluido entre plataformas
Tornou-se prática comum mover-se fluidamente entre plataformas, com a experiência do conteúdo se desenvolvendo em diferentes espaços. Narrativas colapsando nunca acontecem em um lugar só.
Por exemplo: quantos áudios populares do TikTok não vivem em nossas mentes e nos levam a playlists dedicadas no Spotify, onde podemos conhecer profundamente a música (e o artista), ou não são também recompartilhados e mencionados em vídeos do Youtube e ainda em Reels do Instagram?
- A cultura viral agora requer explicadores de fundo para entender seu significado
Decodificar a cultura viral se tornou um passatempo da Geração Z. Isso pode ser visto no boom de vídeos explicativos do TikTok e Tweets longos que cercam momentos pop culturais. Narrativas colapsando dependem muito mais de contexto e de caminhos para explicar os detalhes.
O “SpitGate”, em que Harry Styles supostamente cuspia em uma colega de elenco em uma pré-estreia de Don’t Worry Darling em Veneza, foi um belo exemplo disso porque gerou conteúdo inteiro dedicado a desvendar o evento – teve gente que até tentou explicar toda a fofoca só usando metáforas futebolísticas.
Tudo isso comprova uma coisa só: que o colapso narrativo está adaptando as histórias para atenderem às demandas da moderna economia de atenção, em que as pessoas não querem mais ser alimentadas passivamente com narrativas completas. Pelo contrário, há uma crescente satisfação com histórias que exigem que os usuários construam o significado por conta própria, através de conhecimentos nichados ou subculturais, familiaridade com os fandoms ou presença em momentos “históricos” da internet que antecedem um conteúdo moderno.
Essas mudanças nas narrativas digitais, cada vez mais presentes, devem ser levadas em consideração por aqueles que trabalham com conteúdo online. É fundamental entender como as histórias estão sendo contadas atualmente para criar um engajamento efetivo e se conectar com o público de maneira mais profunda. Uma estratégia de conteúdo e storytelling eficiente vai precisar cada vez mais levar esse colapso narrativo em consideração.
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