A transformação digital das publishers passa também pelas redes sociais
Como presença em redes sociais faz a diferença para publishers aprenderem em quais conversas devem estar e em quais formatos devem investir?
Uma publisher tradicional com mais de um século de história que começou como jornal impresso, as que agora está adaptando sua mensagem para estar presente em ambientes digitais diversos nos mais diferentes formatos: Reels, carrosséis de imagens, threads no Twitter, lives, stories…
Qual é o processo dessa transformação? E qual é a estratégia para escolher em quais ambientes digitais vale a pena estar ou não? Quais são as oportunidades e objetivos da presença em redes sociais e como elas transforma e melhoram os processos de produção de conteúdo e entrega a novos públicos?
É sobre essas questões que conversamos na última live da PYXYS, lá no Instagram: Rodrigo Goldacker, redator e UX Writer da PYXYS, conversou com Camila Caringe, gestora de projetos do Estadão.
Enquanto empresas ainda podem se sentir hesitantes a respeito de como e quanto entrar nas redes sociais, o exemplo do Estadão e suas estratégias em redes sociais é um é importante para considerar as melhores oportunidades e maneiras para aproveitar a lógica do digital.
Inspirações a partir das conversas do momento
É comum que, ao pensar em estratégias para mídias sociais, publishers mais tradicionais considerem uma estratégia meramente de divulgação, em que replicam e anunciam conteúdos que foram publicados em outros lugares.
Mas essa abordagem é limitada ao desperdiçar uma das principais vantagens das redes sociais: acompanhar em tempo real as conversas e interesses do seu público e aprender com elas.
A primeira etapa de presença do Estadão nas redes sociais, portanto, é uma etapa silenciosa de pesquisas e de aprendizado com o que está rolando: as conversas que viralizam, as hashtags que se tornam trending topics, o que estão dizendo os principais influenciadores do segmento.
É a partir disso que é possível aprender caminhos para entregar pautas que façam sentido com a discussão, que entreguem algo novo para o público e que mantenham aberta uma janela para que novos públicos conheçam a marca.
Camila trouxe vários cases exemplificando essa abordagem, sempre entregando conteúdo embasado e noticioso para as discussões, o que inclusive é importante para aprofundar temas e tirá-los da superficialidade.
E esse processo pode acontecer a partir de qualquer assunto, desde que considere-se a abordagem correta. Nos perfis de redes sociais do Estadão Imóveis, por exemplo, iniciativa do Estadão voltada exclusivamente ao mercado imobiliário e a notícias desse segmento, é possível aproveitar a época das eleições para informar e discutir a legislação sobre bandeiras do Brasil e mensagens políticas colocadas nas janelas e varandas de prédios e casas de condomínio; quando um caso de racismo e agressão aconteceu com o influenciador e humorista Eddy Júnior, foi uma oportunidade para discutir qual é a responsabilidade de condomínios e quais são as medidas legais cabíveis a se tomar em situações do tipo; quando chega o Halloween, é uma oportunidade para apresentar os prédios e casas com fama de mal-assombrados na capital paulista… E por aí vai.
São pautas que nascem através de assuntos quentes, aproveitando a lógica das redes sociais enquanto contribuem para embasar e aprofundar melhor as discussões, mas são também pautas que produzem conteúdos que continuarão relevantes e online muito depois da discussão nas redes esfriar.
Explorando novos formatos e lugares
A lógica das redes sociais também leva em conta a importância de permanecer sempre em busca de novos espaços e formatos. Tanto porque a velocidade de mudança pode fazer com que uma rede social seja abandonada subitamente (como aconteceu com o Orkut e, mais recentemente, vem acontecendo também com o Facebook), seja porque há sempre o risco de que o investimento em um canal fique para trás caso uma página saia do ar, ou só porque novas redes sociais e formatos que estão chegando talvez carreguem novas oportunidades para conectar-se com novos públicos.
É essa a lógica que fica por trás, por exemplo, da presença do Estadão Imóveis não só no Facebook, mas também no Twitter e no Instagram, com estudos para apostar em novas redes sociais em breve. É por essa adaptação também que mesmo em uma única rede social, a experimentação com formatos nunca é deixada de lado.
Camila exemplifica com o processo de adaptação de formatos do perfil do Estadão Imóveis no Instagram: se antes o que era publicado seguia principalmente como imagens únicas, hoje o perfil investe em Reels, stories, carrosséis e enquetes para trazer mais dinamismo e interatividade para o que publica.
Os próximos passos da presença digital do Estadão
Camila finalizou a conversa garantindo que o Estadão continuará investindo em novas maneiras de entrar no digital no futuro. Uma das apostas é o uso de experiências imersivas: para o projeto do Estadão Imóveis, por exemplo, essa iniciativa pode permitir que leitores sejam levados para prédios históricos e lançamentos imobiliários em qualquer lugar do mundo a partir de ambientes virtuais.
Mas para além das possibilidades concretas, o que fica é a lógica e a estratégia de presença digital que, para qualquer rede social que seja, continuará sendo a mesma: acompanhar os assuntos quentes em redes sociais, procurando pautas que façam sentido com o tema e que possam aprofundar a discussão com conteúdo embasado e endossado; produzir conteúdo que faça sentido para essas redes sociais significa, ainda, aprender com os acertos e erros, acompanhar o retorno do público para o que é publicado e investir sempre em novos formatos e espaços que tragam mais dinamismo e que alcancem cada vez mais públicos.
Seja no Instagram, no Linkedin, no TikTok ou no metaverso, essa é estratégia que não vai mudar, nem seus benefícios. E em qualquer uma dessas redes sociais, ou em qualquer outra que surgir, sempre será possível que publishers encontrem a maneira certa de ouvir e falar com novos públicos.
Quer saber mais?
A live “Conteúdo e redes sociais para publishers”, com participação do nosso redator e UX Writer, Rodrigo Goldacker, com a gestora de projetos do Estadão, Camila Caringe, está disponível na íntegra em nosso perfil do Instagram. Para todos que se interessam por estratégias para redes sociais e produção de conteúdos em novos formatos, é um papo que vale a pena conferir. 🙂