3 lições da Netflix para o novo modelo de negócio dos streamings
Listamos as 3 principais mudanças da Netflix e o que elas demonstram sobre o futuro do mercado de streaming.
A Netflix sempre foi vista como uma empresa moderna e amigável, que deu nova vida a títulos descartados por outras cadeias. Mas hoje, a plataforma está sendo vista por muitos como gananciosa, embora suas novas estratégias parecem estar funcionando. A verdade é que a Netflix alcançou um novo patamar em sua história como empresa, em que já se consolidou no mercado e pode abandonar estratégias mais agressivas para conquistar usuários, focando agora na rentabilidade e sustentabilidade da estrutura que criou. Isso pode envolver medidas impopulares que estavam até então sendo deixadas para depois, mas que são fundamentais para rentabilizar a empresa.
Por ser a mais antiga das gigantes dos streamings, a Netflix representa um pouco dos desafios futuros que uma hora ou outra vão impactar também todas as suas competidoras. Por isso, analisar seus desafios atuais é de certa forma observar o futuro do mercado de streamings como um todo.
Por isso, neste texto vamos listar as três principais mudanças da Netflix e o que elas demonstram sobre o futuro mercado de streaming.
- Introdução de anúncios
No primeiro trimestre de 2022, a Netflix anunciou que, pela primeira vez em sua história, havia perdido assinantes. A pandemia de Covid-19 acelerou o boom de streaming e as plataformas perceberam que o crescimento ilimitado estava mais próximo do que imaginavam. Em resposta, a Netflix começou a focar em publicidade, compartilhamento de contas e conteúdo. Em março do ano passado, a empresa surpreendeu o público ao não descartar a introdução de anúncios na plataforma, o que até então era um tabu: o lema passou a ser “nunca diga nunca”.
Pouco depois, foi confirmado que a Netflix estava trabalhando em uma opção com publicidade. Em novembro, foi lançado seu plano básico com anúncios, superando a versão com suporte de anúncios da Disney+, que só ficou disponível nos EUA em dezembro. - O fim das contas compartilhadas
A Netflix estimou que cerca de 100 milhões de pessoas usam sua plataforma por meio da conta de outra pessoa. No passado, a empresa encorajou essa prática por meio de postagens em redes sociais e campanhas publicitárias para ganhar participação de mercado.
Agora, no entanto, eles estão dispostos a enfrentar uma reação negativa se isso significar benefícios a médio ou longo prazo. A partir deste mês, a Netflix começou a usar um sistema semelhante em quatro países: Canadá, Nova Zelândia, Portugal e Espanha. O próprio CEO da companhia, Greg Peters, admitiu que “essa não será uma mudança universalmente popular”.
3. Menos quantidade e foco na qualidade do conteúdo
Até agora, a Netflix havia seguido um modelo de produção que buscava inundar o mercado com lançamentos contínuos. No entanto, em uma carta aos acionistas em janeiro deste ano, a empresa afirmou que já havia passado pela fase mais intensa na criação de programação original.
Agora, a ideia é priorizar a qualidade em detrimento da quantidade, embora precisem manter um certo nível de produção para satisfazer um mercado faminto por mais conteúdo. Outro fator chave é quais produções eles escolhem para renovar, levando em conta quantos usuários as assistiram nos primeiros 28 dias.
Essas mudanças demonstram que a Netflix está pronta para enfrentar um novo capítulo no mercado de streaming. Enquanto outras plataformas buscam crescer a qualquer custo, a Netflix está adotando uma abordagem mais equilibrada, buscando não apenas atrair mais clientes, mas também garantir a rentabilidade de seus negócios a longo prazo.
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