Webséries conquistam a atenção de públicos engajados
Marcas investem em seus próprios seriados como aposta para construir conteúdo em vídeo constante e relevante
Um seriado que conta uma história inspiradora sobre duas jovens que correm atrás de objetivos bem diferentes: uma delas quer fazer três novos amigos, enquanto a outra quer ser famosa e conquistar mil inscritos em seu canal. Podia ser uma produção de qualquer um dos grandes serviços de streaming, mas na verdade é uma produção da Nike: Margot & Lily é só um exemplo de um fenômeno mais geral das webséries, aposta das grandes marcas para criar conteúdo relevante no formato de vídeo.
Mais do que tudo, estas iniciativas estão atendendo uma demanda do próprio público: 54% das pessoas já dizem que gostariam de ver mais conteúdo em vídeo que partisse das marcas que consomem (dados do HubSpot). O formato de vídeos está se tornando prevalente ao ponto em que não dá para ignorá-lo para quem quer ter uma presença relevante no digital – e aí entram as webséries, como um caminho que traz alguns benefícios muito particulares para quem está começando a produzir em vídeo.
Conteúdos em vídeo geram mais engajamento e retém atenção
O sucesso de um seriado precisa ser medido em comparação com os outros conteúdos em vídeo produzidos por marcas. Se a média de visualizações para episódios de séries feitas por marcas é de 225.000, este número é comparativamente baixo quando comparado com os milhões de espectadores que assistem seriados tradicionais de gigantes como a HBO ou Netflix.
Mas quando comparamos este retorno com a média de visualizações para vídeos de entretenimento (que é de 9.800 visualizações), o resultado na verdade está bem acima da média (dados deste estudo da Contently). Então não podemos comparar os resultados da websérie “Science and Star Wars”, da IBM, com os resultados de qualquer outro produto da franquia Star Wars; mas podemos comparar com qualquer outro conteúdo da IBM, especialmente outros formatos de anúncios em vídeo, ou qualquer outro conteúdo de entretenimento no Youtube, e perceber que webséries trazem sim um retorno importante para marcas.
Não é difícil entender o motivo: se só absorvemos e lembramos de cerca de 10% de um conteúdo que consumimos via texto, esta taxa de absorção chega a 95% em conteúdos de vídeo (dados da Insivia, via Forbes). Marcas que investem em vídeos são, portanto, mais lembradas e fazem parte da vida de seu público porque conseguem aliar a força do vídeo enquanto formato com o engajamento e constância de estratégias de conteúdo de mídias sociais tradicionais: se é comum que as pessoas pulem anúncios após os cinco segundos exigidos no Youtube, por exemplo, a conquista de conquistar a atenção de um público durante vários episódios de um seriado não deve ser desconsiderada.a
Criatividade para construir marcas memoráveis
A variedade é outro dos benefícios de investir em seŕies em vídeo: basicamente qualquer conteúdo pode fazer sentido desde que reforce o posicionamento de marca. A MasterCard, por exemplo, lançou um seriado sobre novos hábitos, com episódios em que um chef ensina a preparar receitas diferentonas. A Eisenbahn, por sua vez, fez um seriado sobre a produção de cervejas artesanais em casa. Nos Estados Unidos, a AT&T foi premiada com a série Guilt Party, discutindo problemas sociais que afetam a juventude. Em parceria com a PYXYS que já comentamos aqui no blog, a Inflr construiu sua websérieThe Best Stories com a ideia de mergulhar na história de vida e nos desafios da fama de grandes influenciadores – e começou já com a Claudia Leitte no primeiro episódio, falando de temas que foram de como começou sua carreira até como prioriza sua produção e presença digital atualmente.
O que todos esses exemplos demonstram é que não existe só um jeito, ou o “jeito certo” de construir um seriado para marcas: o conteúdo pode estar mais explicitamente vinculado ao produto e focar em ser informativo, ou pode ser uma ficção com roteiro e personagens… O que importa é ser relevante e contribuir para a construção da imagem da marca.
Para citar números uma última vez: se 72% dos consumidores dizem que gostariam de aprender sobre produtos ou serviços por vídeo, e 84% dizem que foram convencidos a comprar algo assistindo a conteúdo de marcas via vídeo (dados da Optinmonster), o que importa é construir uma presença de vídeos que seja relevante e constante o suficiente para fazer parte do imaginário das pessoas. A melhor forma de fazer isso depende de cada caso e da estratégia de cada campanha – não existem limites além do que seu negócio está disposto a tentar fazer.
Ficou interessado?
Quer saber mais sobre webséries e outros formatos e maneiras de explorar conteúdo em vídeo, além de estratégias e tendências que podem fazer a diferença para expandir seus negócios no digital? Então confira mais conteúdos como esse no blog da PYXYS.