Zap do Canarinho é a estratégia da CBF para maior interação com o torcedor brasileiro
No Zap do Canarinho, mascote ganhou versão 3D e conta tudo sobre jogos e treinos da seleção e até partilha memes e figurinhas
O futebol tem se tornado um jogo cada vez mais digital. Em 2018, a “Copa do Twitter” viu crescer o engajamento de quem acompanhava em tempo real os comentários das redes sociais a cada jogo.
A dinâmica serviu para popularizar uma infinidade de memes, como o “bruxo da Copa”, o russo com um olhar sinistro segurando a bandeira do Brasil, até mesmo a versão nervosa do mascote do Brasil, o famoso Canarinho.
Em 2022, a estratégia digital está em expansão: por um lado, há fenômenos como a popularização dos streamings, consagrando pela primeira vez no maior evento do futebol mundial o formato “react”, no qual um streamer com milhões de seguidores reage ao vivo aos lances dos jogos.
O exemplo mais icônico é o da “Cazé TV”, que traz no Youtube e na Twitch a cobertura dos jogos pelo streamer Casimiro. Com um total de 3,2 milhões de seguidores, Cazé está inovando nas transmissões dos jogos ao vivo nessas plataformas com o relacionamento mais próximo do espectador e bateu o próprio recorde de maior live, com mais de 5,2 milhões de visualizações simultâneas.
atingiu a marca de segunda maior audiência em transmissão ao vivo no YouTube durante a partida entre Brasil e Sérvia.
Na última Copa, na Rússia, o torcedor usava duas telas, a TV para assistir aos jogos – em canais tradicionais que detinham exclusividade na transmissão dos jogos – e o celular para comentar no Twitter.
Nesta edição, no Catar, ele pode fazer tudo numa tela só: é possível assistir aos jogos, comentar e ter a reação de seu streamer favorito, tudo junto no mesmo dispositivo, selando de vez a era da interação direta, em plataformas digitais mais dinâmicas que favorecem o espírito de comunidade.
O Canarinho também teve um upgrade
Se em 2018 o Canarinho se popularizou como um meme importante para a seleção brasileira, em 2022 ele volta com shape e interação digital. Agora ele virou um avatar 3D animado, mais expressivo, e tem seu próprio canal de comunicação com o torcedor. Aderiu a tendência dos influenciadores virtuais, que de acordo com pesquisa do HypeAuditor engajam até três vezes mais do que um influenciador humano em redes sociais.
Esta nova versão 3D do Canarinho foi desenvolvida pelo líder criativo e especialista em computação gráfica Igor Alexandroff, fundador da Ilustraria 3D.
“Um dos principais desafios que encontramos ao transpor o mascote físico para um personagem 3D foi manter sua expressão, já conhecida dos torcedores. Mas, este ano, ele está mais com cara de vontade de vitória do que a pura braveza da edição russa”.
Igor Alexandroff, fundador da Ilustraria 3D.
Com a versão 3D, o mascote da seleção pode ter mais variações de movimentos e animações faciais, o que também serve para humanizá-lo ainda mais.
“Conseguimos esse resultado dando mais abertura para outras emoções, sem perder a essência do Canarinho”.
Igor Alexandroff, fundador da Ilustraria 3D.
E como funciona a interação com o torcedor?
Ao acessar o Zap do Canarinho, o torcedor pode clicar no botão que o direciona para uma janela de conversa com o Canarinho no Whatsapp.
Na plataforma, o usuário consegue conversar com o mascote da seleção sempre que quiser ter as últimas notícias dos jogos e dos treinos, calendário, escalação e também dicas sobre o país sede.
Além de se informar, o Canarinho também responde de maneira mais descontraída, como um amigo, com figurinhas e memes. O mascote também conta com diferentes versões, que podem ser compartilhadas como memes e gifs.
Uma estratégia de interação desenvolvida pela agência End to End, em parceria com a PYXYS e a Ilustraria 3D.
“A ideia da CBF de humanizar o Canarinho não só é pioneira no país como demonstra total alinhamento com o momento que estamos vivendo no mercado mundial. No lançamento do La´eeb, por exemplo, a FIFA fez mais do que apresentar um mascote. Ela apresentou o inédito conceito do mascote-verse, o metaverso dos mascotes”.
Marcelo Magalhães, head de Business Development da PYXYS.
O torcedor mais próximo da seleção
O Canarinho no WhatsApp deixa de ser um meme e se torna uma presença digital, um avatar com personalidade, voz própria e capacidade de interagir com a audiência. “Por meio de um chatbot, com um roteiro de tom de voz que fala a língua do torcedor, o Zap do Canarinho humaniza o mascote e aproxima também o dia a dia da seleção brasileira dos torcedores”, completa Marcelo.
A iniciativa também reforça a estratégia bem sucedida usada por marcas como Magalu, Natura e Ponto (antiga Pontofrio) para reforçar o branding e a identidade junto ao consumidor.
“A tendência do mercado global é interagirmos cada vez mais com brand personas e influenciadores virtuais. Essa humanização das marcas com os personagens virtuais contribui para termos a sensação de que estamos conversando com pessoas reais, não robôs. Tanto as marcas quanto nós, consumidores, somos beneficiados por essa interação direta”.
Willian Alves, head de Conteúdos Digitais e SEO da PYXYS.
Quer saber mais sobre brand personas?
Leia também”Torcedores digitais: Brand Personas no mundo do esporte