Ambientes em que conflitos podem aparecer e ser solucionados geram mais segurança para o time e, consequentemente, mais criatividade
Qual é o melhor jeito de lidar com conflitos? Será que a resposta é mesmo evitá-los, ou será que é melhor olhar para o problema de frente e tentar resolvê-lo? Pelo que já abordamos por aqui, empurrar o conflito para baixo do tapete acaba piorando o problema: paranoia, insegurança e medo de se expressar são só algumas das consequências negativas de agir assim.
“Se não incentivamos as pessoas a se colocarem, a terem diálogo aberto, teremos pessoas que não estão ali de verdade, que precisam concordar com tudo, mesmo sem acreditar naquilo”, comenta nossa head de Gente & Cultura, Roseane Santos.
Um lugar assim, em que as pessoas falam coisas em que não acreditam e sentem medo de se expressar, não parece exatamente propício para a criatividade, não é?
Por isso, é importante encontrar novas maneiras de falar mais abertamente sobre conflitos.
Mas como? É possível lidar com conflitos de uma forma aberta, sem que eles descambem numa discussão?
Em uma live que a PYXYS realizou no Instagram com Mariana Marques, coordenadora do Centro de Direitos Humanos, tentamos encontrar caminhos para que conflitos sejam produtivos – e para que aprendamos a lidar com eles de uma maneira mais saudável.
Para começar, levantamos um estudo sobre o tema: com base em quase mil entrevistas com trabalhadores de organizações públicas e privadas, chegou-se à conclusão de que, realmente, um ambiente só pode ser criativo se for seguro e, por sua vez, um ambiente só pode ser seguro se souber lidar corretamente com conflitos.
Rosane explica: “De acordo com o estudo, o conflito pode ser entendido como uma espécie de força motora do desenvolvimento social. Quando conflitos são abordados de maneira saudável, as pessoas se tornam mais criativas e engajadas.”
Já entendemos a importância de lidar com conflitos de uma maneira mais saudável. O problema agora é: como fazer isso?
“Uma das perguntas básicas da comunicação não-violenta é: como você está se sentindo?”, foi uma das dicas de Mariana. Especialista em intermediação de conflitos em círculos de justiça restaurativa, ela destacou a comunicação não-violenta como uma possibilidade e trouxe algumas dicas para lidar com conflitos de uma maneira mais sensível e eficiente.
O foco do diálogo com abertura, essa capacidade de observar os próprios sentimentos e o exercício de se colocar no lugar dos outros: esses são alguns dos caminhos para construir uma comunicação que aborda conflitos explicitamente, mas que possa resolvê-los sem gerar desgastes e com todas as partes se sentindo ouvidas.
“Essas atitudes constroem um ambiente de diálogo. Mais importante ainda, assim as pessoas passam a saber que não só podem falar, mas que também terão o que dizerem reconhecido como um ponto de vista legítimo”, Mariana ressaltou.
Não só aprendemos por que lidar com conflitos é importante, como em nossa live saímos até mesmo com uma listinha de dicas que podem ajudar a fazer isso. As dicas que Mariana deu são as seguintes:
A live que realizamos com nossa head de Gente & Cultura, Roseane Santos, junto da Mariana Marques, coordenadora do Centro de Direitos Humanos, está disponível na íntegra em nosso perfil do Instagram. É uma conversa imperdível para quem se interessa no assunto porque aprofunda muito do que abordamos nesse texto. Vai lá conferir!