Conteúdo relevante em interfaces intuitivas: como redes sociais estão entrando no mercado de streaming e disputando sua atenção
Para conquistar consumidores, redes sociais e streamings investem em uma nova maneira de entender seu mercado e quais são seus principais competidores
A “guerra dos streamings” é uma grande competição por inscrições entre corporações munidas com conteúdo relevante, uma disputa que pode moldar o futuro tecnológico, transformar nossa maneira de entender e consumir e impactar todo o mercado.
Mas, talvez, não estejamos olhando para essa guerra direito se não considerarmos como parte da disputa algumas figuras que podem não parecer óbvias logo de cara, como o TikTok e o Instagram.
Se eu te dissesse que uma nova série de comédia está sendo lançada, com episódios de trinta minutos lançados duas vezes por semana, em qual plataforma você pensaria primeiro que esta série estaria? HBO Max, Netflix, Amazon Prime? Nenhuma delas: a série na verdade será lançada no Tiktok, custando algo em torno de cinco dólares para adquirir.
Essa é só uma iniciativa entre várias: seguindo a tendência, tanto o TikTok quanto o Twitter já possuem planos de assinatura com recursos diferenciados que vão desde novas funcionalidades, até acesso a conteúdos exclusivos.
O que está levando essas redes sociais a adotarem estratégias parecidas com a dos serviços de streaming – e que lições empresas podem tirar deste processo para entender melhor seu futuro tecnológico?
Suas definições de “streaming” foram atualizadas
O que define seu principal competidor em um mercado movido por tecnologia e conteúdo? É simplesmente procurar aqueles que entregam um serviço mais parecido com o seu? Nesse sentido, seria justo considerar que os principais concorrentes da Netflix, por exemplo, fossem outros serviços de streaming semelhantes, como o HBO Max e o Disney +, certo?
Mas e se você considerar como concorrentes qualquer um que dispute a atenção e o tempo do seu público? Foi o que a própria Netflix fez, ao considerar em 2019 que o jogo Fortnite era um de seus principais concorrentes. Logo depois, a empresa também apresentou o TikTok como um de seus principais concorrentes.
Segundo esta nova perspectiva, não é como se serviços de streaming estivessem competindo apenas uns com os outros; em um sentido mais geral, estão competindo também com redes sociais, videogames e streams de usuários online, tudo pelo grande prêmio que todas estas empresas estão buscando: atenção.
Pensando assim, faz mais sentido olhar tanto para o posicionamento da Netflix ao adotar estratégias como o lançamento de um app chamado FastLaughs, com clipes de rápido consumo a partir de seus seriados e uma estrutura bem semelhante à do TikTok.
Também faz mais sentido, em contrapartida, considerar a decisão do TikTok de lançar seu serviço de conteúdo premium.
As estratégias estão se aproximando por um motivo bem simples: no fim das contas, redes sociais e serviços de streaming estão todos batalhando por uma coisa só: nossa atenção.
Como conquistar a atenção de uma geração inteira
Os mais jovens, participantes da dita geração Z, são os mais influenciados por essa transformação na maneira de perceber e consumir conteúdo.
A tendência é clara: aqueles menores de 18 anos estão abandonando serviços de streaming e investindo mais tempo em games e redes sociais (de acordo com estudo da Deloitte).
Este movimento é atribuído a dois principais fatores: primeiro, os avanços que a indústria dos jogos trouxe recentemente, com novos modelos de negócio e plataformas mais eficientes; segundo, pelo potencial interativo, tanto dos jogos quanto das redes sociais, que permitem que momentos de socialização aconteçam com mais facilidade.
Ambas inovações são, de certa maneira, conquistas de UX: novas interfaces e novas maneiras de observar a experiência de usuários em redes sociais permitem que novas jornadas mais eficientes sejam estabelecidas.
Mais do que isso, a sensação de ambientes acolhedores e até o foco em interatividade são conquistas do mesmo processo, que repensa o conteúdo e as estruturas das plataformas em que ele pode acontecer.
Essa convergência entre conteúdo e experiência do usuário em interfaces pautou, aqui na PYXYS, o projeto de site que fizemos em parceria com a Inflr, adtech de marketing de influência que conecta influenciadores e marcas.
Não só construímos uma estratégia baseada justamente em pautas relevantes para o público e diferentes formatos de conteúdo, aproximando a marca da posição de uma produtora de conteúdo relevante, como fizemos toda a estrutura para suportar esse conteúdo: o Inflr Hub, estruturado justamente para colocar todo este conteúdo em posição de destaque. Confira como ficou:
É um processo semelhante ao que redes sociais e serviços de streaming começam a fazer: primeiro, com adaptações que aproximam cada vez mais seus universos com novas melhorias em interface (no caso da Netflix, aproximando mais sua experiência daquela presente em redes sociais).
Depois, com novas funcionalidades que trazem mais oportunidades para o conteúdo prosperar em todos os possíveis formatos: no TikTok, com a abertura para vídeos longos; no Twitter, com a recente mudança que permitirá a publicação de textões; e no caso da Netflix, procurando caminhos para construir vídeos mais curtos e um engajamento mais próximo ao de redes sociais;
Conquistar nossa atenção, afinal, é tanto uma questão de investir em conteúdo relevante, quanto uma questão de construir uma experiência de usuário bem resolvida. E se a “guerra dos streamings” está abarcando novos competidores a partir dessa mistura entre interatividade, conteúdo e interfaces viciantes, este novo paradigma vai transformar todo o mercado – e para qualquer um que precisa conquistar seu público, essas tendências devem ser algo a se prestar bastante atenção.
E aí, ficou interessado?
Quer saber mais sobre tendências tecnológicas, conteúdo relevante, experiẽncia do usuário e como empresas podem conquistar a atenção de seus públicos? Leia isso e muito mais no blog da PYXYS.